A luta de famílias por tratamentos com canabinoides em crianças: casos que desafiaram a justiça

O tratamento com canabinoides em crianças, embora ainda em desenvolvimento e carecendo de mais pesquisas, já conta com casos reais que ilustram seu potencial terapêutico em condições pediátricas específicas. Essas histórias impactantes, muitas vezes, impulsionaram mudanças legislativas e ampliaram o acesso a tratamentos com medicina canabinoide.

Conheça histórias inspiradoras de crianças com condições graves que desafiaram a justiça e abriram portas para tratamentos com canabinoides.

Charlotte Figi e a Síndrome de Dravet: a menina possuía uma forma grave de epilepsia, sofria centenas de crises convulsivas por semana. O tratamento com um extrato rico em CBD, conhecido como “Charlotte’s Web”, reduziu drasticamente suas crises, proporcionando uma vida mais normal.
De fato, o caso de Charlotte teve ampla repercussão na mídia e foi crucial para impulsionar pesquisas e legalizar o uso de CBD no tratamento de epilepsias graves na infância em diversos locais.

Para saber mais sobre a história de Charlotte, assista ao documentário da CNN

Billy Caldwell e a epilepsia refratária: uma jornada por acesso a tratamentos.
Billy Caldwell, um menino britânico com epilepsia refratária, também viu sua vida transformada pelo CBD. Suas crises frequentes e graves não respondiam aos tratamentos convencionais. Em 2018, sua mãe importou óleo de cannabis rico em CBD, o que resultou em uma melhora significativa.

Além disso, o caso de Billy Caldwell gerou um debate nacional no Reino Unido sobre a legalização da medicina canabinoide, evidenciando a necessidade de acesso a tratamentos alternativos para crianças com condições graves e refratárias.

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Estudos científicos reforçam o potencial terapêutico

Além disso, estudos científicos também apontam para os benefícios dos canabinoides no tratamento em crianças. Pesquisas publicadas em revistas como o Journal of Autism and Developmental Disorders e o Journal of Pediatric Oncology Nursing relatam resultados positivos no tratamento de sintomas do TEA.

No Brasil virou documentário

A luta incansável de mães como Katiele Fischer, em busca de tratamento para sua filha Anny, que sofria com a síndrome CDKL5, culminou na produção do documentário “Ilegal”. O filme, dirigido por Raphael Erichsen e Tarso Araujo, não apenas expôs a história de Katiele, mas também revelou o potencial terapêutico do canabidiol.
A luta contra a burocracia da Anvisa para obter o medicamento foi retratada de forma emocionante, desafiando o estigma e os preconceitos associados à cannabis.

“Ilegal” também serviu como catalisador para um movimento de conscientização. A campanha “Repense”, criada em paralelo ao filme, amplificou o debate e pressionou as autoridades a reconsiderar suas políticas. Assim, a luta de Katiele e de outras mães ecoou por todo o país, abrindo caminho para um novo entendimento sobre os benefícios do tratamento.

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