Cânhamo como a chave para a canabinologia sustentável? Descubra porquê

Descubra como o cânhamo está revolucionando a canabinologia, impulsionando práticas sustentáveis e abrindo portas para um futuro mais verde.

A canabinologia, ciência que se dedica ao estudo dos canabinoides, vem conquistando cada vez mais espaço, impulsionada pela busca por terapias alternativas e produto sustentável. Nesse cenário, o cânhamo, que possui uma variedade de canabinoides e um baixo teor de THC, surge como uma solução promissora para uma indústria verdadeiramente sustentável.

O cânhamo se destaca por sua incrível versatilidade. Suas fibras, sementes e flores encontram aplicações em diversos setores, desde a produção de roupas e alimentos até a criação de biocombustíveis e materiais de construção. Essa planta milenar permite reduzir nossa dependência de recursos não renováveis, contribuindo para um futuro mais verde.

Então cânhamo não é cannabis sativa de uso recreativo?

  • No que diz respeito à questão biológica, o cânhamo e a cannabis sativa fazem parte da mesma espécie de planta, a cannabis sativa, porém são de variedades ou cultivares distintos. Todavia, o cânhamo e a marijuana são formas genéticas distintas da cannabis, distinguidas conforme o seu uso e composição química, bem como por conta das diferentes práticas de cultivo em sua produção. Se, em geral, a maconha refere-se à planta cultivada usada predominantemente como recreativo, o cânhamo é cultivado para utilização na manufatura de diversos tipos de produtos, incluindo alimentos e bebidas, produtos de higiene pessoal, suplementos nutricionais, tecidos e materiais têxteis, papel e materiais de construção, entre outros produtos, como medicamentos ricos em CBD. Ademais, os termos cânhamo e maconha têm definições jurídicas distintas na legislação norte-americana.

Trecho retirado da ficha técnica do Portal da Câmara dos deputados apresentando na comissão temporária para debater o assunto. Este documento baseia-se no Departamento de Pesquisas do Congresso dos EUA.

Além de sua versatilidade, o cultivo do cânhamo é um aliado do meio ambiente. Comparado a outras culturas, ele demanda menos água e fertilizantes, auxilia na regeneração do solo e ainda atua na captura de carbono da atmosfera.

Ademais, outro ponto crucial é que o cânhamo é uma fonte rica em CBD, um canabinoide com propriedades terapêuticas promissoras. Dessa forma, seu cultivo para a extração de CBD viabiliza a produção legal e sustentável de medicamentos e suplementos, impulsionando a indústria farmacêutica de forma responsável.

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A indústria do cânhamo também se apresenta como um motor econômico, com potencial, desde a agricultura até a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos.

Para que o cânhamo possa cumprir seu papel na construção de um ecossistema sustentável, é fundamental que sua produção e pesquisa sejam incentivadas, beneficiando não apenas a saúde das pessoas, mas também o planeta e a economia.

Cânhamo: sustentabilidade em foco

De fato, o cânhamo se destaca como uma opção promissora por ser diferente da Cannabis sativa de uso recreativo, conhecida por seus efeitos euforizantes.

Essa planta milenar oferece uma ampla gama de aplicações, abrangendo desde a produção de tecidos biodegradáveis e papel até a criação de biocombustíveis e materiais de construção sustentáveis. Consequentemente, ao escolher o cânhamo, indústrias e produtores se distanciam das complexidades legais e sociais associadas à Cannabis sativa recreativa. Além disso, essa escolha consciente abre caminho para um futuro mais limpo e responsável, impulsionando a economia verde e promovendo práticas sustentáveis em diversos setores.

Referências Bibliográficas:
Small, E., & Marcus, D. (2002). Cânhamo: Uma nova cultura com novos usos para a América do Norte. Em J. Janick & A. Whipkey (Eds.), Tendências em novas culturas e novos usos (pp. 284-326). ASHS Press.

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