Dia da Fibromialgia: conscientização, acolhimento e os desafios invisíveis da dor crônica

No dia 12 de maio, é celebrado o Dia Mundial da Fibromialgia, uma data importante para dar visibilidade a uma condição que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo e que, por muito tempo, foi negligenciada ou mal compreendida. Trata-se de uma oportunidade de promover a conscientização, o acolhimento e o respeito às pessoas que convivem com essa síndrome crônica e muitas vezes invisível.

O que é a fibromialgia?
A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor crônica generalizada no corpo, acompanhada de fadiga intensa, distúrbios do sono, dificuldades cognitivas (como lapsos de memória ou dificuldade de concentração) e, em alguns casos, alterações de humor, como ansiedade e depressão.
Ela atinge majoritariamente mulheres, geralmente entre os 30 e 60 anos, mas também pode ocorrer em homens e até em crianças. Por não apresentar alterações visíveis em exames laboratoriais, o diagnóstico é desafiador e muitas vezes leva anos para ser fechado.
Por que o dia 12 de maio é importante?
A escolha do dia 12 de maio não é por acaso. A data marca também o nascimento de Florence Nightingale, fundadora da enfermagem moderna, que sofria de sintomas compatíveis com a fibromialgia. A data busca não só homenagear quem enfrenta essa condição diariamente, mas também combater o preconceito e o estigma que cercam a doença — muitas vezes desacreditada até por quem convive com os pacientes.
Os desafios de viver com fibromialgia
Viver com fibromialgia é lidar com uma dor que, embora real e limitante, não é visível a olho nu. Isso gera uma série de dificuldades, desde o julgamento social até a descrença por parte de empregadores e, infelizmente, até de alguns profissionais da saúde.
A fadiga constante, a dificuldade para dormir bem e os impactos emocionais interferem diretamente na qualidade de vida e nas relações pessoais e profissionais. A ausência de uma cura definitiva torna o cuidado contínuo e multidisciplinar essencial.
Caminhos possíveis para o tratamento
Apesar de não haver cura, existem diversos tratamentos que ajudam a controlar os sintomas da fibromialgia. Nos últimos anos, o canabidiol (CBD) — composto não psicoativo derivado da planta Cannabis — tem ganhado espaço como uma opção complementar no tratamento da fibromialgia, especialmente em casos em que os métodos tradicionais não trazem alívio suficiente. Estudos ainda estão em andamento, mas muitos pacientes relatam melhora na qualidade do sono, redução da dor e menor ansiedade com o uso controlado do CBD. No entanto, é fundamental que o uso seja feito com acompanhamento médico, respeitando a legislação vigente e as particularidades de cada caso, já que os efeitos podem variar de pessoa para pessoa.
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