Mundial de Ginástica Rítmica no Brasil: lições sobre prevenção, performance e reabilitação na saúde

Em 20 a 24 de agosto de 2025, o Brasil sediará o 41º Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica, que acontecerá no Parque Olímpico (Barra Olympic Park), na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro – a primeira vez que o país e toda a América do Sul recebem esse evento.

O campeonato reunirá as melhores atletas do mundo, exibindo alto nível técnico, disciplina e precisão. Mas também trazendo à tona um ponto crucial para a área da saúde: os bastidores do preparo físico e mental de atletas de elite.

Para profissionais da saúde, esse tipo de competição oferece um verdadeiro laboratório vivo sobre prevenção de lesões, performance e reabilitação. A ginástica rítmica exige alto impacto repetitivo, flexibilidade extrema e coordenação motora refinada, fatores que elevam o risco de lesões musculoesqueléticas, como estiramentos e sobrecargas articulares.

Prevenção como prioridade

O acompanhamento prévio de atletas, com foco em fortalecimento muscular, treino de propriocepção e monitoramento de carga, é essencial para evitar lesões. Estratégias usadas na ginástica , como aquecimento ativo e alongamentos dinâmicos, podem ser aplicadas também a outros grupos populacionais, incluindo pacientes em reabilitação ou praticantes amadores.

Integração multidisciplinar

O sucesso de um atleta não depende apenas do treinamento físico. Médicos do esporte, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e preparadores físicos trabalham em conjunto para ajustar desde o aporte energético ideal até técnicas de controle emocional para competições de alto nível. Esse modelo de cuidado integrado é igualmente eficaz em clínicas e hospitais, no tratamento de pacientes com diferentes perfis.

Reabilitação, dor e novas abordagens terapêuticas

Após uma lesão, o retorno à prática esportiva precisa ser gradual e acompanhado de protocolos individualizados. Além de métodos tradicionais de reabilitação — como fisioterapia, fortalecimento progressivo e reeducação motora —, pesquisas recentes têm apontado o potencial dos canabinoides como adjuvantes no manejo da dor e da inflamação em atletas.

Canabinoides como alternativa 

O canabidiol (CBD), por exemplo, possui propriedades anti-inflamatórias e analgésicas mediadas pela modulação do sistema endocanabinoide, podendo auxiliar na redução da dor sem os efeitos colaterais comuns de analgésicos opioides ou anti-inflamatórios de uso prolongado. Já o tetrahidrocanabinol (THC), em doses controladas, pode contribuir para a melhora da qualidade do sono, um fator crítico para a recuperação tecidual.

Embora o uso de canabinoides no esporte ainda seja tema de debate, seu potencial terapêutico é promissor, especialmente em contextos nos quais a redução de dor e inflamação é fundamental para uma reabilitação segura e eficaz.

Aprendendo com o esporte 

Com o Mundial de Ginástica Rítmica no Brasil, temos uma oportunidade única de observar, aprender e aplicar no dia a dia da prática clínica estratégias consagradas no esporte de alto rendimento, somadas a inovações terapêuticas como a canabinologia. Afinal, a saúde — assim como a performance — é construída com prevenção, cuidado contínuo e trabalho em equipe.

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